O direito à cidade inclui o direito à moradia, ao saneamento, aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer. Em todos esses aspectos, as mulheres são as mais prejudicadas em nossa sociedade, o que compromete tanto seu acesso à cidade quanto sua saúde. Além de lidarem com a má qualidade do transporte, elas enfrentam a falta de outros serviços públicos próximos de suas casas, como creches, escolas, hospitais e equipamentos de cultura.

Os obstáculos não se encerram no espaço público: no ambiente doméstico, elas também convivem com questões como a sobrecarga do trabalho não remunerado, a violência doméstica e a falta do direito à moradia adequada.

Uma em cada quatro mulheres no país não tem acesso adequado à infraestrutura sanitária e saneamento. Devido ao seu papel nas atividades domésticas, a falta de água afeta mais intensamente a vida delas. 38,2% da população feminina reside em casas sem coleta de esgoto. 2,5 milhões de brasileiras não têm banheiro em casa. R$13,5 bilhões seriam injetados na economia brasileira com o acesso das mulheres ao saneamento.

Confira o estudo “O Saneamento e a Vida da Mulher Brasileira”:

mulheresesaneamento.com

Mulheres estão à frente das lutas por moradia e por terra, seja em movimentos nos bairros, favelas ou ocupações. São elas também as principais defensoras das florestas e das águas, cuidando da natureza que garante a vida no planeta. Na política do dia a dia, elas são as lideranças que movem e defendem suas comunidades.

Conheça abaixo algumas de suas iniciativas:

Sobre fundo amarelo mostarda, colagem em preto e branco e centralizada de uma mulher negra de cabelos curtos que olha séria para frente. Folhagens verdes e flores cor de rosa, azuis e lilás contornam a região do colo da mulher.
Casa Almerinda Gama

Ocupação organizada pelo Movimento de Mulheres Olga Benario, a Casa Almerinda Gama é um espaço de acolhimento, formação e autonomia de mulheres, sobretudo as que sofreram algum tipo de violência de gênero, e fica no Centro do Rio de Janeiro. 

@casaalmerindagama
Foto de um quintal com muro e chão de concreto com um grupo de mulheres que estão em roda, sentadas cada uma em um banco.
Espaço Gaia

Idealizado pela doula Laura Torres, o Espaço Gaia atua com as mulheres do antigo Lixão de Itaoca, em São Gonçalo, para enfrentar o racismo ambiental, garantir a segurança alimentar e seus direitos reprodutivos.

@gaia.espaco

Conheça outras tecnologias de enfrentamento ao racismo ambiental no Guia para Justiça Climática da Casa Fluminense: casafluminense.org.br/guia-justica-climatica

Ilustração do contorno de diversas casas lado a lado. O contorno é feito com uma linha só, que após as contsruções, segue como um eletrograma. Abaixo, o texto em letras pretas e de forma “Museu das Remoções”, A letra “R” está destacada de vermelho.
Museu das Remoções

É um museu comunitário e de território, que nasceu e se desenvolve na Vila Autódromo, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Criado por lideranças como Dona Penha, sua missão é manter viva a memória de comunidades ameaçadas de remoção.

@museudasremocoes
Sobre fundo vermelho, no interior de um círculo de contorno branco, o texto em letras estilizadas “Manas da lona preta”, algumas letras se interligam com linhas retas em suas extremidades no circulo que as circunda.
Manas da Lona Preta

É um programa que ouviu as manas, minas e monas que constroem a luta do MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto e estão à frente de ocupações

ManasDaLonaPreta
Foto de uma rua tomada por um grupo de manifestantes. À frente, sobre a cabeça de algumas pessoas, um enorme tecido lilás com o texto
Marcha das Margaridas

É uma mobilização nacional de mulheres trabalhadoras rurais, do campo e da floresta. Realizada desde 2000, é coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e por várias organizações de mulheres parceiras.

@marchamargaridas
Foto de uma tenda no meio da rua. Debaixo da tenda, pessoas estão sentadas ao redor de uma mesa retangular com toalha azul. De frente para a mesa, uma mulher está em pé e segura um microfone perto da boca. Todas as pessoas usam máscara de proteção.
Movimento Orquídeas

O MMMO, como é popularmente conhecido, é um movimento social organizado e liderado por mulheres em Manaus, Amazonas, que tem como principal bandeira de luta a garantia do direito à cidade para todos, em especial para as mulheres.

Ilustração de vegetação verde e densa com o texto em letras brancas e de forma, sobreposto e centralizado:
Tem floresta em pé, tem mulher!

Precisamos conhecer e valorizar o trabalho das mulheres quilombolas, indígenas e extrativistas, que são as que cuidam dos nossos biomas. Conheça a campanha “Onde tem floresta em pé, tem mulher!”, da Oxfam, MIQCB (Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, CNS (Conselho Nacional das Populações Extrativistas) e CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas)

Tem floresta em pé, tem mulher!
Ilustração da silhueta de dois corpos cor de rosa e irregulares, com a cabeça marrom, ligadas pela linha de um arco. Abaixo, a sigla em letras rosa e de forma:
Mulheres em Ação no Alemão

MEAA é um coletivo formado em 2015 por mulheres da Favela da Galinha, Complexo da Penha e Complexo do Alemão. Uma das fundadoras é Camila Santos, mais conhecida como Camila Moradia. Em 2011, o governo estadual retirou as famílias moradores do local com a promessa que elas receberiam uma casa própria. Camila se juntou com as outras famílias e passou a pressionar o poder público, se engajando na luta por moradia – daí seu novo “sobrenome”.

@meaa.oficial
No rodapé, sequência de logos: Lei de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet. Idealização: Festum. Apoio: Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica; Projeto Hélio Oiticica; Rio - Prefeitura Cultura. Patrocínio: META. Realização: Ministério da Cultura; Governo Federal - Brasil, União e Reconstrução.
No rodapé, sequência de logos: Lei de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet. Idealização: Festum. Apoio: Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica; Projeto Hélio Oiticica; Rio - Prefeitura Cultura. Patrocínio: META. Realização: Ministério da Cultura; Governo Federal - Brasil, União e Reconstrução.