O acesso à cidade é um desafio ainda maior para as mulheres com deficiência, que seguem invisíveis na sociedade, apesar de serem 26,5% da população feminina do país (IBGE, 2010). Além de terem menos acesso à cidade (seja acesso físico, atitudinal ou comunicacional), as mulheres com deficiência são mais vulneráveis às violências de gênero, tanto no ambiente doméstico quanto no espaço público.
Mulheres lésbicas, bissexuais, pessoas trans e travestis também enfrentam desafios no acesso à cidade por conta de sua orientação sexual e identidade de gênero. Discriminação e violência ainda fazem parte do dia a dia de muitas pessoas LGBTQIAP+ nos espaços públicos e privados.
A intolerância e o racismo religioso também afetam o direito de ir e vir das pessoas, principalmente das mulheres de religiões de matriz africana.
Uma Cidade Mulher deve ser uma cidade acolhedora para todas as idades, das crianças às pessoas idosas. Estamos vivendo a chamada revolução da longevidade junto com a feminização do envelhecimento: em 2050, estima-se que 31% da população vai ter mais de 60 anos no Brasil. A maioria será feminina: mulheres idosas serão cerca de 7 milhões a mais do que os homens. A participação das mulheres idosas será cada vez mais decisiva para a sociedade e as cidades brasileiras.
Cidade antirracista e anticapacitista
INTERSECCIONALIDADE
O direito à cidade precisa ser interseccional, ou seja, considerar integralmente os fatores sociais que definem cada pessoa e regulam seu acesso a direitos e a oportunidades, como gênero, etnia, raça, território, idade etc.
CIDADE 60+
Cada vez mais pessoas são idosas no Brasil, mas elas não vivem essa fase da vida da mesma forma. Dependendo da sua raça, gênero, orientação sexual, entre outros fatores, elas tendem a ter mais ou menos recursos, possibilidades e direitos.
98%
NA RUA
64%
NO TRANSPORTE
PÚBLICO
80%
EM LUGARES PÚBLICOS
COMO PARQUES E SHOPPINGS
91%
TÊM MEDO AO ESPERAR
O TRANSPORTE PÚBLICO.
COMO PARQUES E SHOPPINGS
Chega deFiu Fiu
A Campanha Chega de Fiu Fiu lançou em 2018 o documentário Chega de Fiu Fiu, que mostra o cotidiano de assédio vivido pelas mulheres nas cidades: