Mulheres e meninas ao redor do mundo dedicam 12,5 bilhões de horas, todos os dias, ao trabalho de cuidado não remunerado: tarefas diárias de cuidar de outras pessoas, cozinhar, limpar, dar banho, comprar alimentos, lavar, estender e guardar roupas, e muitas outras.

Todos nós precisamos de cuidados para existir.

Este trabalho é essencial para o bem-estar das pessoas e para o funcionamento da economia, e equivaleria a uma contribuição de pelo menos 10,8 trilhões de dólares por ano à economia global. Isso dá mais de três vezes o valor da indústria de tecnologia do mundo. No entanto, esse é um trabalho invisibilizado e desvalorizado. 75% do trabalho de cuidado não remunerado do mundo é feito por mulheres.
Foto de uma mulher negra de cabelos pretos sentada em uma cama. Ela prende os cabelos de uma menina negra de cabelos crespos que está de costas para a outra e sentada no chão. A menina acaricia um cachorro marrom que está sentado em seu colo.

Saiba mais na pesquisa “Tempo de Cuidar”

Tempo de cuidar

“Cuidado e afeto”, foto de Kamila Camillo para a exposição Faveladas, que reuniu fotos do cotidiano de mulheres residentes na Favela da Maré, no Rio de Janeiro.

"Despertei às 7 horas com a conversa dos meus filhos. Deixei o leito, fui buscar água. As mulheres já estavam na torneira. As latas em fila."

Carolina Maria de Jesus

Em seu livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, publicado em 1960, Carolina Maria de Jesus relata sua vida como catadora de papel e moradora da favela do Canindé, Zona Norte de São Paulo.

Foto em preto e branco de um livro com a ilustração de uma casa de madeira e o título
Carol Santos é coordenadora do Movimento Feminista Inclusivass e membra da Frente Nacional das Mulheres com Deficiência:
inclusivass.blogspot.com
Sobrevivente de uma tentativa de feminicídio* que a deixou paraplégica, ela se dedica à luta pelo fim da violência contra as mulheres. O filme “Carol” conta sua história e mostra os desafios que ela enfrenta como mulher cadeirante que circula pela cidade.

*Feminicídio é a palavra usada para definir o assassinato de mulheres cometido em razão do gênero, ou seja, quando a vítima é morta por ser mulher, e está diretamente relacionado à violência doméstica e familiar.

No rodapé, sequência de logos: Lei de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet. Idealização: Festum. Apoio: Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica; Projeto Hélio Oiticica; Rio - Prefeitura Cultura. Patrocínio: META. Realização: Ministério da Cultura; Governo Federal - Brasil, União e Reconstrução.
No rodapé, sequência de logos: Lei de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet. Idealização: Festum. Apoio: Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica; Projeto Hélio Oiticica; Rio - Prefeitura Cultura. Patrocínio: META. Realização: Ministério da Cultura; Governo Federal - Brasil, União e Reconstrução.